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terça-feira, 29 de junho de 2010

Chega




Não quero mais um amor de novela, voar apenas em sonho, esperar pelo que nunca virá, ficar apenas na vontade, na saudade, na inverdade, ouvir a felicidade por outras vozes, ver os seus olhos apenas por reflexo, chega de ataques de ciúmes a meia-noite e surtos de carência em meia a toda atenção.
CHEGAAAAAAAA... Eu quero a essência, o mutável, o medo, o pecado, quero viver o que não vivi, sonhar com que quero viver, subir o monte Everest e gritar para que só você ouça.
Chega de viver em busca da felicidade, se ela está ao meu lado, chega de PROCURAR um edifício no meio do mundo, se posso encontrá-lo no acaso, não quero perder por medo ou deixar de ganhar por orgulho, se para nada eles valem além de me paralisarem. E parar, eu não quero, não vou, vou correr mesmo que minhas pernas não me obedeçam.
Pois, de que adianta viver de meias-verdade se o que deixo de viver é toda a verdade que de mim foi oculta?

Pâmela Oliveira


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Soneto à Pandora.







Nas esferas incógnitas que abrigam a solidão,
Onde toda luz é névoa e todo choro é de sofreguidão,
Passam esparsas as imagens doutra aurora
Trazendo em seu ciclo o vir e voltar de Pandora.

Passam febris sutis ardis seus olhares e suspiros,
Passam letais fatais mortais o fim de seus risos.
Passam saudosos melancólicos bucólicos as formas de teu olhar,
Passam tristes vazios e sozinhos os que não podem te acompanhar.

Pandora vai, vem e volta na ponta do tempo
Sem medo de cair
Traz sorrindo em seu alento, a vontade de sorrir.

De Pandora nada escapa,
Tudo cabe em sua pena,
Sua alma tão grande, sua forma, tão pequena.

Deletério e delírios quantos não passam em teu ser
Pandora teme nada, nem o medo de crescer.
Mas tão grande já é, para onde ainda vais?
Para além, acima de nossos olhos, meros mortais.

E as misérias em tua caixa? Deixaste para trás?
Nada, traze-as consigo, ensina uma vez mais.
Ensina Pandora como fazer muito escrevendo pouco.
Ensina Pandora como ver tudo de um oco.

De misérias e vicissitudes sabes bem.
Conhece o coração dos teus.
Como ninguém.

Mas inda trás em ti um tino
Que escapa nas letras,
Poderoso tom de teu fascínio.







P.S.: Homenagem maravilhosa que recebi de minha amora
Obrigada Nê

                                                                                 Vanessa Oliveira




Menina





Quero-te não apenas por uma noite à toa ou como mais um beijo a meia luz.
Quero-te não como um sopro a arrepiar meu corpo ou como um delírio de um sonho de verão.
Mas, sim como o mais importante dos meus momentos, como a seda a embrulhar meu corpo, como a ressaca de uma noite em devaneio, como o calor a queimar-me por inteiro.
Quero-te, desejo-te, mas se mesmo assim, ainda não me quiseres, te deixarei ir como se nunca tivesse existido, esquecerei de tudo que vivi do mesmo jeito que se esquece o que não interessa, e por fim verei ao teu rastro se apagando com o vento e assim te rasgarei por inteiro da minha vida.

Pâmela Oliveira





quinta-feira, 10 de junho de 2010

Quero-te












Quero-te não apenas por uma noite à toa ou como mais um beijo a meia luz.
Quero-te não como um sopro a arrepiar meu corpo ou como um delírio de um sonho de verão.
Mas, sim como o mais importante dos meus momentos, como a seda a embrulhar meu corpo, como a ressaca de uma noite em devaneio, como o calor a queimar-me por inteiro.
Quero-te, desejo-te, mas se mesmo assim, ainda não me quiseres, te deixarei ir como se nunca tivesse existido, esquecerei de tudo que vivi do mesmo jeito que se esquece o que não interessa, e por fim verei o teu rastro se apagando com o vento e assim te rasgarei por inteiro da minha vida.




P.S.: Ouvindo Folhetim - Chico Buarque

Pâmela Oliveira









terça-feira, 8 de junho de 2010

Um dia me perguntaram, onde poderia se encontrar a felicidade. E eu ser pensante e errante me calei diante daquela pergunta tão sem pé e cabeça.
Mas, depois de nada responder mergulhei-me em pensamentos em busca de uma solução lógica e racional para essa localização tão abstrata.
E depois de muito tentar analisar, a lugar algum cheguei, e com isso desisti tão rapidamente como uma criança que desiste de engatiar depois que aprende a andar.
E nisso deixei me levar pela dúvida incessante de saber onde estaria aquilo que eu sempre almejei, mas nunca conquistei e pelo visto nunca ei conquistar,
Mas, tendo a convicção de que a vida é uma bela roda gigante, me deparei com os mais belos olhos que se pode ver.
E percebi na imensidão da tua ressaca que a felicidade não tem endereço fixo e nem um único nome, mas que ela está nos pequenos detalhes, nas simples palavras que são ignoradas.
E principalmente e irrevogavelmente nas pessoas que estão na nossa vida, mas que não são enxergadas , pois sempre estamos a procura da felicidade naquilo que não temos, esquecendo que ao nosso lado , encontra-se a felicidade materializada.
Pâmela Oliveira




domingo, 6 de junho de 2010

Espero-ti

Espero - ti como a chama incandescente a queimar meu corpo
Como gelo a congelar os meus mais íntimos sonhos
Como pedra a massacrar tudo que a sua frente se opõe.
Como ferro a marcar-me com desejo

E a cada marca, cada sonho e desejo destruídos por essa espera,
me sinto pronta para continuar, porque meu amor
supera qualquer dor, supera até mesmo a falta de esperança.

Meus desejos mais intimos continuam a aparecer,
continuam a me torturar e a me invadir de forma tão feroz...
sinto você, próximo a mim, seu calor a aquecer meu corpo
a me queimar por dentro e por fora me levando aos mais
profundos delírios que já sonhei ter.

Cecília Vaz e Pâmela Oliveira

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ao seu lado








Surgiu em minha vida como a ventania de um furacão, devastando todas as minhas estruturas.
Mas, me mostrando que ao seu lado, posso ser muito mais do que penso que sou.


Que posso seu eu mesma, sem maquiagem ou roupas de grife, sem clichê ou palavras bonitas apenas eu mesma


E foi ao seu lado descobri que a vida pode ser muito mais alegre, e que cada segundo são uma eternidade se vividos intensamente.


Que ao contrario do que pensamos não vivemos apenas uma vida, mas varias, porque somos eternos aprendizes de nós mesmo.


Foi ao seu lado que descobri que no céu não existe só anjos, mas também demônios, pois toda moeda tem dois lados.


E que o apoio é a alma do escritor, e que um sim é mais difícil do que um não


E foi no meio de todas essas descobertas, que descobri que não sei o teu nome, mas que apenas vivi, vivi com a sede de alguém que não sabe de onde veio, pra onde vai, mas que conheceu a felicidade e a esperança materializadas no corpo de uma criança.



                 
P.S.: Para alguém que não sei de onde veio e nem para onde vai, mas que é a MINHA FELICIDADE em forma de gente... Laís Pâmela, eterna metamorfose  do seu ser.


                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Pâmela Oliveira


terça-feira, 1 de junho de 2010

Devora-me

Devora-me como pedra preciosa ao lapidar
Como ferro quente a marca-se no corpo, em prova de eterna lembrança.
Como uma erupção voraz a vulcanizar e transformar em cinzas tudo o que um dia foi grão.
Devora-me, como o pôr-do-sol a invadir as entranhas da escuridão, fazendo de si uma majestade suprema, mas temporária.
Devora-me, como uma criança que suplica impiedosamente o leite materno, mas que só recebe gata de suor em troca.
E depois de devotar-me em cada âmbito, percebe que não fores um devorador, mas sim devorado pela traiçoeira ilusão

                                                                                                                                            Pâmela Oliveira

Observação

Observo uma simples pedra e me lembro de alguém, uma pessoa amiga, alegre, mas, porque ser comparada a uma pedra? Não teria lógica tal comparação, este é o julgamento, quem vê cara não vê coração, o riso tenta esconder, mas, os olhos demonstram o que o coração guarda, o triste momento em que se encontra a dona daquele sorriso perdido em seus atos e pensamentos totalmente infantis, hoje vejo uma simples imagem de um coração pintado num papel completamente sujo, jogado ao chão, totalmente desprezado, logo me vem na lembrança aquela pedra de quem falei, e o fim que ela levou, sofreu uma transformação e hoje pulsa de alegria, de paixão, de amor, fico feliz por saber que ela está bem, e que vem se modificando, aprendendo a  demonstrar tão bem o que sente, mas que às vezes se perde, se derrete, se entrega e vive o que nunca esperou viver, e que age sem saber, como se não soubesse de onde veio, pra onde vai, mas, aproveitando o que tem sem temer.