Pages

terça-feira, 1 de junho de 2010

Devora-me

Devora-me como pedra preciosa ao lapidar
Como ferro quente a marca-se no corpo, em prova de eterna lembrança.
Como uma erupção voraz a vulcanizar e transformar em cinzas tudo o que um dia foi grão.
Devora-me, como o pôr-do-sol a invadir as entranhas da escuridão, fazendo de si uma majestade suprema, mas temporária.
Devora-me, como uma criança que suplica impiedosamente o leite materno, mas que só recebe gata de suor em troca.
E depois de devotar-me em cada âmbito, percebe que não fores um devorador, mas sim devorado pela traiçoeira ilusão

                                                                                                                                            Pâmela Oliveira

7 comentários:

  1. Compulsão por posts agora?
    Que tua escrita seja "majestade suprema, mas [nunca] temporária".

    ;D

    Estou a Amar teu crescimento.

    ResponderExcluir
  2. kkkk
    Não tô nesse ponto ainda não...

    Obrigada Nessinha.. devo muito de tudo isso a você e você sabe disso.. Obrigada

    ResponderExcluir
  3. ei ei...pó parar.
    não me deve nada.
    já estava tudo aí.

    ^^

    ResponderExcluir
  4. P.S. Você escolheu uma das partes que mais gostei de "Moço". ^^

    [...]Deixa do desvario, a voz.[...]

    O som da loucura.

    ^^

    ResponderExcluir
  5. é... moço botou pra lá... ^^

    ResponderExcluir